Medicina do sono

A medicina do sono é a área médica que trata as doenças relacionadas ao sono. As principais doenças são: ronco, apneia do sono, insônia, para sônias, e peçonha, hiper sonolência, entre outras.

Sabemos que o sono é muito importante para o equilíbrio do organismo e que os distúrbios do sono podem estar relacionados com o aparecimento de muitas outras doenças, além de impactar negativamente nas atividades profissionais e nas relações pessoais.

Após avaliação inicial em que o médico fará uma história minuciosa relacionada aos sintomas apresentados pelo paciente, exame físico geral e otorrinolaringológico, poderá ser solicitada a polissonografia, que consiste num exame realizado durante uma noite inteira no laboratório de sono, onde o paciente terá o seu sono monitorado através de diversos eletrodos instalados no corpo e, às vezes, também por câmera de vídeo. Baseado na avaliação do paciente, no resultado da polissonografia e em outros exames complementares quando indicados, o médico fará o diagnóstico e irá propor o tratamento ao paciente. O tratamento das doenças do sono busca o restabelecimento do sono fisiológico o que diminui os riscos de desenvolver várias doenças, como também pode facilitar o controle dessas doenças, tais como: hipertensão arterial (pressão alta), arritmias, infarto do miocárdio, etc.

Ronco

O ronco é um ruído produzido pela respiração durante o sono e é muito frequente tanto em adultos como também em crianças. Pode ser um evento normal, principalmente relacionado à posição (decúbito dorsal), mas também pode ser um dos sintomas da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), doença que pode trazer graves consequências para o indivíduo.

Síndrome da Apneia obstrutiva do Sono

Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). É uma doença caracterizada por ocorrências ocasionais de respiração durante o sono, causadas pela interferência na passagem das vias aéreas superiores. Essas freqüentes pausas respiratórias levam à fragmentação do sono do indivíduo e diminuem a quantidade do sono profundo e reparador, causando danos durante o dia. Pode acoplar crianças, adultos e idosos. A obesidade aumenta muito o risco de desenvolver a SAOS, porém, não só os obesos apresentam a doença. Alterações esqueléticas de mandíbula e maxila, amígdalas e adenóides aumentadas também são fatores de riscos importantes para SOS 

Sintomas:

Se você apresentar alguns dos sintomas descritos anteriormente, deverá procurar um médico especialista para fazer o diagnóstico. Após avaliação completa por meio de questionários e exame físico, o médico poderá solicitar o exame de polissonografia para confirmação do diagnóstico e determinação do grau da doença que pode ser leve, moderadamente ou moderadamente. Trata-se de um exame que é feito durante a noite, no laboratório de sono, sendo monitorizado com várias configurações relacionadas ao sono, através de eletrodos, cintas torácicas e abdominais, cânula nasal, oxímetro, microfone e vídeo.

A SAOS, se não tratada, pode trazer graves consequências para o indivíduo. Na criança pode provocar alterações no crescimento da face e no desenvolvimento dos dentes, déficit de atenção e cognição, alterações cardiopulmonares, entre outras. Nos adultos aumenta os riscos de desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, dificulta o controle da pressão arterial em pacientes já hipertensos, aumenta os riscos de infarto agudo no miocárdio, a arritmia cardíaca e de morte durante o sono. Além disso, devido às perdas excessivas diurnas provocadas pelo SAOS, ocorre aumento no risco de acidentes de trânsito e acidentes de trabalho.

As principais formas de tratamento são:

  • CPAP nasal: consiste em um aparelho que oferece melhorias positivas através da máscara nasal para manter as vias aéreas superiores abertas durante o sono

  • Cirurgias: garganta, nariz, ortognática (cirurgia de avanço da mandíbula e da maxila)

  • Aparelho tratamento intraoral realizado odontologista especializado

  • Outros: fonoterapia, controle de peso, hábitos de sono saudáveis​​(procurar dormir sempre de lado, evitar consumo de álcool e substâncias sedativas à noite, horários regulares de sono, ambiente adequado para dormir).

A escolha da melhor forma de tratamento não depende somente da preferência do paciente ou do médico; depende também do grau da doença e das alterações da via aérea identificadas nos exames físicos e, portanto, só pode ser feita após avaliação completa do paciente e da realização da polissonografia.

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